quinta-feira, 27 de maio de 2010

Segunda-feira, 17 de maio de 2010 - 23:11

Pacote de obras para evitar enchente prevê 27 piscinões

Proposta de R$ 130 milhões prioriza avenidas e abrange 40 bairros

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Hélio Tuzi/SMC Pedro Zacarin (à esquerda) ao lado do secretário de Planejamento, Milton Assis Pedro Zacarin (à esquerda) ao lado do secretário de Planejamento, Milton Assis

Vinícius Marques
Agência BOM DIA

Obras de microdrenagem, com galerias e boca-de-lobo em cerca de 40 bairros. Barreiras para conter água formada por 27 piscinões. Galeria com 3,5 quilômetros embaixo da avenida Bady Bassitt, além de poços gigantes. O objetivo é conter 362 milhões de litros de água para impedir enchentes em Rio Preto.

Conforme o BOM DIA antecipou no domingo, o projeto para acabar com as enchentes prioriza o córrego Canela, na avenida José Munia, e o Borá, na Juscelino Kubitschek. A meta é evitar enchentes nas avenidas Alberto Andaló e Bady Bassitt, que recebem a água dos dois córregos. A prefeitura estima o custo das obras em R$ 130 milhões. O governo ainda conta com canalização do rio Preto, obra prevista em R$ 46 milhões, para evitar as enchentes.

A maioria dos piscinões ficará no Canela por falta de áreas perto do Borá, de acordo com o engenheiro Pedro Zacarin, contratado por R$ 140 mil para fazer o projeto.

A prefeitura terá de desapropriar duas áreas particulares, uma de 20 mil metros quadrados e outra de dez mil metros quadrados no Ouro Verde para fazer os piscinões, que serão cobertos nos bairros.

PAC 2
Apesar do anúncio do projeto, a prefeitura não tem recurso para as obras. Tem “apenas” R$ 6,9 milhões liberados pelo governo federal. A prefeitura tentará mais verba do PAC 2 para viabilizar o projeto. As obras devem demorar dois anos, assim que forem iniciadas. O prefeito Valdomiro Lopes (PSB) também foi a São Paulo ontem para tentar viabilizar recursos do governo do estado, de acordo como secretário de Planejamento, Milton Assis. As obras, caso a cidade consiga recurso, começam em 2011.

Sem Murchid
O projeto não contempla obras na avenida Murchid Homsi, que também costuma inundar. “A situação nessa avenida não é tão catastrófica”, disse Zacarin.

Promotor cobra licença e prevê multa
O estudo da prefeitura também foi apresentado ontem ao promotor Sérgio Clementino. Ele vai propor TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com o município. Ele pediu que o governo obtenha licença ambientais para as obras. Caso os prazos fixados no acordo não sejam cumpridos, o termo vai prever multa diária, que ainda não tem valor definido.

Mesmo com a previsão de obras, Rio Preto ainda deve sofrer com as enchentes. O engenheiro Pedro Zacarin estima que cheias como a de janeiro podem se repetir a cada cem anos. “Vai ter. Pode ocorrer, mas o impacto vai ser completamente reduzido.”

Veja as obras previstas
Bacia do Canela (José Munia)
Dezessete lagoas de detenção de água (piscinões), 13 delas no próprio leito por onde passa o córrego e outras quatro nos seguintes locais: um no Sinibaldi, dois no cruzamento das avenidas Romeu Strazzi e Brasilusa e um no Jardim Maracanã

Poços na Brasilusa
Um poço de 60 metros de diâmetro e 15 metros de profundidade (obra orçada em R$ 16 milhões). Outros três poços de 20 metros de diâmetro, além de 771 metros de túnel

Bacia do Borá
Dez lagoas de detenção, seis no leito do Borá - com canalização aberta - e quatro fora córrego, no bairros Tarraf 1 e 2 e no Jardim Maracanã.

Galeria na Bady
Projeto contra enchente prevê galeria em cerca de 3,5 quilômetros sob a avenida Bady Bassitt. Em 2,4 quilômetros o canal terá três metros de diâmetro


Microdrenagem
Ruas de cerca de 40 bairros receberão obras. Serão 11 quilômetros de obras na região do Borá e 26 quilômetros na do Canela. O projeto ainda prevê construir 2.092 bocas-de-lobo
Fonte: Pedro Zacarin (autor do projeto)


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