quinta-feira, 27 de maio de 2010

Segunda-feira, 17 de maio de 2010 - 23:11

Pacote de obras para evitar enchente prevê 27 piscinões

Proposta de R$ 130 milhões prioriza avenidas e abrange 40 bairros

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Hélio Tuzi/SMC Pedro Zacarin (à esquerda) ao lado do secretário de Planejamento, Milton Assis Pedro Zacarin (à esquerda) ao lado do secretário de Planejamento, Milton Assis

Vinícius Marques
Agência BOM DIA

Obras de microdrenagem, com galerias e boca-de-lobo em cerca de 40 bairros. Barreiras para conter água formada por 27 piscinões. Galeria com 3,5 quilômetros embaixo da avenida Bady Bassitt, além de poços gigantes. O objetivo é conter 362 milhões de litros de água para impedir enchentes em Rio Preto.

Conforme o BOM DIA antecipou no domingo, o projeto para acabar com as enchentes prioriza o córrego Canela, na avenida José Munia, e o Borá, na Juscelino Kubitschek. A meta é evitar enchentes nas avenidas Alberto Andaló e Bady Bassitt, que recebem a água dos dois córregos. A prefeitura estima o custo das obras em R$ 130 milhões. O governo ainda conta com canalização do rio Preto, obra prevista em R$ 46 milhões, para evitar as enchentes.

A maioria dos piscinões ficará no Canela por falta de áreas perto do Borá, de acordo com o engenheiro Pedro Zacarin, contratado por R$ 140 mil para fazer o projeto.

A prefeitura terá de desapropriar duas áreas particulares, uma de 20 mil metros quadrados e outra de dez mil metros quadrados no Ouro Verde para fazer os piscinões, que serão cobertos nos bairros.

PAC 2
Apesar do anúncio do projeto, a prefeitura não tem recurso para as obras. Tem “apenas” R$ 6,9 milhões liberados pelo governo federal. A prefeitura tentará mais verba do PAC 2 para viabilizar o projeto. As obras devem demorar dois anos, assim que forem iniciadas. O prefeito Valdomiro Lopes (PSB) também foi a São Paulo ontem para tentar viabilizar recursos do governo do estado, de acordo como secretário de Planejamento, Milton Assis. As obras, caso a cidade consiga recurso, começam em 2011.

Sem Murchid
O projeto não contempla obras na avenida Murchid Homsi, que também costuma inundar. “A situação nessa avenida não é tão catastrófica”, disse Zacarin.

Promotor cobra licença e prevê multa
O estudo da prefeitura também foi apresentado ontem ao promotor Sérgio Clementino. Ele vai propor TAC (Termo de Ajuste de Conduta) com o município. Ele pediu que o governo obtenha licença ambientais para as obras. Caso os prazos fixados no acordo não sejam cumpridos, o termo vai prever multa diária, que ainda não tem valor definido.

Mesmo com a previsão de obras, Rio Preto ainda deve sofrer com as enchentes. O engenheiro Pedro Zacarin estima que cheias como a de janeiro podem se repetir a cada cem anos. “Vai ter. Pode ocorrer, mas o impacto vai ser completamente reduzido.”

Veja as obras previstas
Bacia do Canela (José Munia)
Dezessete lagoas de detenção de água (piscinões), 13 delas no próprio leito por onde passa o córrego e outras quatro nos seguintes locais: um no Sinibaldi, dois no cruzamento das avenidas Romeu Strazzi e Brasilusa e um no Jardim Maracanã

Poços na Brasilusa
Um poço de 60 metros de diâmetro e 15 metros de profundidade (obra orçada em R$ 16 milhões). Outros três poços de 20 metros de diâmetro, além de 771 metros de túnel

Bacia do Borá
Dez lagoas de detenção, seis no leito do Borá - com canalização aberta - e quatro fora córrego, no bairros Tarraf 1 e 2 e no Jardim Maracanã.

Galeria na Bady
Projeto contra enchente prevê galeria em cerca de 3,5 quilômetros sob a avenida Bady Bassitt. Em 2,4 quilômetros o canal terá três metros de diâmetro


Microdrenagem
Ruas de cerca de 40 bairros receberão obras. Serão 11 quilômetros de obras na região do Borá e 26 quilômetros na do Canela. O projeto ainda prevê construir 2.092 bocas-de-lobo
Fonte: Pedro Zacarin (autor do projeto)


frase do dia

AGUA: PRESERVAR PARA SOBREVIVER

dicas de presevação

Água - Consciência e preservação
Tema:Ecologia
Autor: www.mma.gov.br
Data: 22/3/2007
Ecologia - Água
Foto: Margi Moss

Água
Foto: Margi Moss


Ecologia - Rio São Francisco
Foto: Margi Moss

Rio São Francisco
Foto: Margi Moss


Ecologia - Colônia de Vitória Régia do Pantanal (Victoria cruziana)
Foto: Mario Friedländer/MMA

Colônia de Vitória Régia do Pantanal (Victoria cruziana)
Foto: Mario Friedländer/MMA


Ecologia - Baixo Rio Tietê com Paraná
Foto: Margi Moss

Baixo Rio Tietê com Paraná
Foto: Margi Moss


Hoje, metade da população mundial (mais de 3 bilhões de pessoas) enfrenta problemas de abastecimento de água. Muitas fontes de água doce estão poluídas ou, simplesmente, secaram. Você sabia que 97% da água existente no planeta Terra é salgada (mares e oceanos), 2% formam geleiras inacessíveis e, apenas, 1% é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos?

Pois, bem, temos apenas 1% de água, distribuída desigualmente pela Terra para atender a mais de 6 bilhões de pessoas (população mundial). Esse pouquinho de água que nos resta está ameaçado. Isso porque, somente agora estamos nos dando conta dos riscos que representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e industriais.

Cada um de nós tem uma parcela de responsabilidade nesse conjunto de coisas. Mas, como não podemos resolver tudo de uma só vez, que tal começarmos a dar a nossa contribuição no dia-a-dia? Você sabe quantos litros de água uma pessoa consome, em média, por dia? Não? São cerca de 250 litros (isto mesmo, 250 litros ou mais): banho, cuidados de higiene, comida, lavagem de louça e roupas, limpeza da casa, plantas e, claro, a água que se bebe.

Dá para viver sem água? Não dá. Então, a saída é fazer um uso racional deste recurso precioso. A água deve ser usada com responsabilidade e parcimônia. Para nós, consumidores, também significa mais dinheiro no bolso. A conta de água no final do mês será menor. O mais importante, no entanto, é termos a consciência de que estamos contribuindo, efetivamente, para reduzir os riscos de matarmos a nossa fonte de vida: a água.
fonte:http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=17311&action=reportagem

DERRAMAMENTO DE OLEO NO GOLFO

Derramamento de óleo já é o pior dos EUA; nova mancha de petróleo avistada
Ainda é cedo para afirmar se a tentativa de tampar o poço com lama funciona, disse porta-voz da
TwitterDerramamento de óleo já é o pior dos EUA; nova mancha de petróleo avistada
Ainda é cedo para afirmar se a tentativa de tampar o poço com lama funciona, disse porta-voz da

Associated Press

O vazamento de petróleo no Golfo do México superou o desastre do petroleiro Exxon Valdez como o pior derramamento de óleo no mar da história dos Estados Unidos. A Guarda Costeira disse que o método tentado ontem para deter o vazamento parece estar funcionando, enquanto cientistas alertam que uma segunda mancha de petróleo foi avistada no mar.

Uma equipe de cientistas está calculando quando óleo já fluiu desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon em 20 de abril, que matou 11 pessoas e deixou o poço aberto no fundo do mar, a mais de 1,5 km da superfície. As estimativas mais recentes dão conta de uma taxa de emissão até cinco vezes maior que a estimada originalmente.

FONTEhttp://www.estadao.com.br/noticias/vidae,derramamento-de-oleo-ja-e-o-pior-dos-eua-nova-mancha-de-petroleo-avistada,55

Abaixo, vídeo com imagens de satélite da Nasa mostra a evolução da mancha:

Mesmo usando os números mais conservadores, isso significa um vazamento de 72 milhões de litros, superando o desastre do Exxon Valdez que, em 1989, derramou 42 milhões de litros. No pior cenário, o vazamento no Golfo do México pode ter emitido 148 milhões de litros. A empresa British Petroleum (BP), responsável pela plataforma e sob pressão do governo americano para conter o vazamento, não se manifestou sobre a nova estimativa.

Nesta quinta-feira, cientistas descobriram uma enorme nova mancha de óleo sob o mar no Golfo do México, estendendo-se 35 km para o nordeste, rumo à costa do Alabama. A mancha principal move-se para Louisiana e Flórida. A descoberta é a segunda mancha significativa avistada desde o desastre da plataforma.

Na semana passada, a BPP havia instalado um tubo de 1,6 km de comprimento no poço, para sugar parte do petróleo para o interior de um navio petroleiro. O tubo juntou 3,5 milhões de litros, mas o arranjo teve de ser desmantelado para dar início ao procedimento conhecido como "top kill", para tentar interromper o fluxo por completo, injetando material pesado no poço e lacrando-o com concreto. O "top kill" nunca foi tentado a essa profundidade.

O tenente-comandante Tony Russell, assessor do almirante da Guarda Costeira Thad Allen, disse que o material pesado estava reduzindo o fluxo de material para fora do poço, mas que ainda é cedo para dizer se o processo terá sucesso. O "top kill" começou na quarta-feira e podem se passar vários dias antes que se possa fazer um diagnóstico.

O porta-voz da BP, Tom Mueller, desmentiu os informes de que a manobra já era um sucesso. "Apreciamos o otimismo, mas a operação de top kill continua durante todo o dia, e isso não mudou", disse ele. "Não esperamos ser capazes de dizer algo de definitivo tão cedo".
Derramamento de óleo já é o pior dos EUA; nova mancha de petróleo avistada
Ainda é cedo para afirmar se a tentativa de tampar o poço com lama funciona, disse porta-voz da BP
27 de maio de 2010 | 13h 57

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Associated Press

O vazamento de petróleo no Golfo do México superou o desastre do petroleiro Exxon Valdez como o pior derramamento de óleo no mar da história dos Estados Unidos. A Guarda Costeira disse que o método tentado ontem para deter o vazamento parece estar funcionando, enquanto cientistas alertam que uma segunda mancha de petróleo foi avistada no mar.

Uma equipe de cientistas está calculando quando óleo já fluiu desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon em 20 de abril, que matou 11 pessoas e deixou o poço aberto no fundo do mar, a mais de 1,5 km da superfície. As estimativas mais recentes dão conta de uma taxa de emissão até cinco vezes maior que a estimada originalmente.

Abaixo, vídeo com imagens de satélite da Nasa mostra a evolução da mancha:

Mesmo usando os números mais conservadores, isso significa um vazamento de 72 milhões de litros, superando o desastre do Exxon Valdez que, em 1989, derramou 42 milhões de litros. No pior cenário, o vazamento no Golfo do México pode ter emitido 148 milhões de litros. A empresa British Petroleum (BP), responsável pela plataforma e sob pressão do governo americano para conter o vazamento, não se manifestou sobre a nova estimativa.

Nesta quinta-feira, cientistas descobriram uma enorme nova mancha de óleo sob o mar no Golfo do México, estendendo-se 35 km para o nordeste, rumo à costa do Alabama. A mancha principal move-se para Louisiana e Flórida. A descoberta é a segunda mancha significativa avistada desde o desastre da plataforma.

Na semana passada, a BPP havia instalado um tubo de 1,6 km de comprimento no poço, para sugar parte do petróleo para o interior de um navio petroleiro. O tubo juntou 3,5 milhões de litros, mas o arranjo teve de ser desmantelado para dar início ao procedimento conhecido como "top kill", para tentar interromper o fluxo por completo, injetando material pesado no poço e lacrando-o com concreto. O "top kill" nunca foi tentado a essa profundidade.

O tenente-comandante Tony Russell, assessor do almirante da Guarda Costeira Thad Allen, disse que o material pesado estava reduzindo o fluxo de material para fora do poço, mas que ainda é cedo para dizer se o processo terá sucesso. O "top kill" começou na quarta-feira e podem se passar vários dias antes que se possa fazer um diagnóstico.

O porta-voz da BP, Tom Mueller, desmentiu os informes de que a manobra já era um sucesso. "Apreciamos o otimismo, mas a operação de top kill continua durante todo o dia, e isso não mudou", disse ele. "Não esperamos ser capazes de dizer algo de definitivo tão cedo".

Governo Obama

Em Washington, a diretora do Serviço de Gerenciamento de Minerais, Elizabeth Birnbaum, demitiu-se algumas horas antes de um esperado pronunciamento do presidente Barack Obama. Espera-se que ele prorrogue uma moratória na exploração de petróleo em águas profundas.

O departamento de Birnbaum se viu sob duras críticas de ambos os partidos do Congresso americano pela supervisão negligente das perfurações e pelo relacionamento excessivamente amigável com empresas do setor.

Um relatório divulgado no início da semana revela que, entre 2000 e 2008, funcionários da agência aceitaram ingressos para eventos esportivos, almoços e outros presentes de empresas de petróleo e gás, e usaram computadores do governo para assistir a pornografia. Birnbaum administrava a área desde julho de 2009.

Obama também deve adiar a venda de concessões para a exploração de petróleo no Alasca e cancelar de vez planos de autorizar perfurações no Golfo Ocidental e na costa do estado de Virginia.

Se o top kill falhar, a BP tem planos de contingência, incluindo lacrar o poço com um tampão. Uma tentativa anterior nesse sentido falhou. A BP também pode tentar um "tiro de lixo", arremessando detritos no poço para entupi-lo, durante o processo de top kill. A única solução permanente é furar outro poço para retirar o óleo de forma controlada, mas isso levará meses.

Embora o vazamento seja o maior da história dos EUA, não é o pior do Golfo do México. Uma plataforma mexicana, a Ixtoc 1, explodiu em junho de 1979, liberando 530 milhões de litros de óleo.

Governo Obama

Em Washington, a diretora do Serviço de Gerenciamento de Minerais, Elizabeth Birnbaum, demitiu-se algumas horas antes de um esperado pronunciamento do presidente Barack Obama. Espera-se que ele prorrogue uma moratória na exploração de petróleo em águas profundas.

O departamento de Birnbaum se viu sob duras críticas de ambos os partidos do Congresso americano pela supervisão negligente das perfurações e pelo relacionamento excessivamente amigável com empresas do setor.

Um relatório divulgado no início da semana revela que, entre 2000 e 2008, funcionários da agência aceitaram ingressos para eventos esportivos, almoços e outros presentes de empresas de petróleo e gás, e usaram computadores do governo para assistir a pornografia. Birnbaum administrava a área desde julho de 2009.

Obama também deve adiar a venda de concessões para a exploração de petróleo no Alasca e cancelar de vez planos de autorizar perfurações no Golfo Ocidental e na costa do estado de Virginia.

Se o top kill falhar, a BP tem planos de contingência, incluindo lacrar o poço com um tampão. Uma tentativa anterior nesse sentido falhou. A BP também pode tentar um "tiro de lixo", arremessando detritos no poço para entupi-lo, durante o processo de top kill. A única solução permanente é furar outro poço para retirar o óleo de forma controlada, mas isso levará meses.

Embora o vazamento seja o maior da história dos EUA, não é o pior do Golfo do México. Uma plataforma mexicana, a Ixtoc 1, explodiu em junho de 1979, liberando 530 milhões de litros de óleo.

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O vazamento de petróleo no Golfo do México superou o desastre do petroleiro Exxon Valdez como o pior derramamento de óleo no mar da história dos Estados Unidos. A Guarda Costeira disse que o método tentado ontem para deter o vazamento parece estar funcionando, enquanto cientistas alertam que uma segunda mancha de petróleo foi avistada no mar.

Uma equipe de cientistas está calculando quando óleo já fluiu desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon em 20 de abril, que matou 11 pessoas e deixou o poço aberto no fundo do mar, a mais de 1,5 km da superfície. As estimativas mais recentes dão conta de uma taxa de emissão até cinco vezes maior que a estimada originalmente.

Abaixo, vídeo com imagens de satélite da Nasa mostra a evolução da mancha:

Mesmo usando os números mais conservadores, isso significa um vazamento de 72 milhões de litros, superando o desastre do Exxon Valdez que, em 1989, derramou 42 milhões de litros. No pior cenário, o vazamento no Golfo do México pode ter emitido 148 milhões de litros. A empresa British Petroleum (BP), responsável pela plataforma e sob pressão do governo americano para conter o vazamento, não se manifestou sobre a nova estimativa.

Nesta quinta-feira, cientistas descobriram uma enorme nova mancha de óleo sob o mar no Golfo do México, estendendo-se 35 km para o nordeste, rumo à costa do Alabama. A mancha principal move-se para Louisiana e Flórida. A descoberta é a segunda mancha significativa avistada desde o desastre da plataforma.

Na semana passada, a BPP havia instalado um tubo de 1,6 km de comprimento no poço, para sugar parte do petróleo para o interior de um navio petroleiro. O tubo juntou 3,5 milhões de litros, mas o arranjo teve de ser desmantelado para dar início ao procedimento conhecido como "top kill", para tentar interromper o fluxo por completo, injetando material pesado no poço e lacrando-o com concreto. O "top kill" nunca foi tentado a essa profundidade.

O tenente-comandante Tony Russell, assessor do almirante da Guarda Costeira Thad Allen, disse que o material pesado estava reduzindo o fluxo de material para fora do poço, mas que ainda é cedo para dizer se o processo terá sucesso. O "top kill" começou na quarta-feira e podem se passar vários dias antes que se possa fazer um diagnóstico.

O porta-voz da BP, Tom Mueller, desmentiu os informes de que a manobra já era um sucesso. "Apreciamos o otimismo, mas a operação de top kill continua durante todo o dia, e isso não mudou", disse ele. "Não esperamos ser capazes de dizer algo de definitivo tão cedo".

Governo Obama

Em Washington, a diretora do Serviço de Gerenciamento de Minerais, Elizabeth Birnbaum, demitiu-se algumas horas antes de um esperado pronunciamento do presidente Barack Obama. Espera-se que ele prorrogue uma moratória na exploração de petróleo em águas profundas.

O departamento de Birnbaum se viu sob duras críticas de ambos os partidos do Congresso americano pela supervisão negligente das perfurações e pelo relacionamento excessivamente amigável com empresas do setor.

Um relatório divulgado no início da semana revela que, entre 2000 e 2008, funcionários da agência aceitaram ingressos para eventos esportivos, almoços e outros presentes de empresas de petróleo e gás, e usaram computadores do governo para assistir a pornografia. Birnbaum administrava a área desde julho de 2009.

Obama também deve adiar a venda de concessões para a exploração de petróleo no Alasca e cancelar de vez planos de autorizar perfurações no Golfo Ocidental e na costa do estado de Virginia.

Se o top kill falhar, a BP tem planos de contingência, incluindo lacrar o poço com um tampão. Uma tentativa anterior nesse sentido falhou. A BP também pode tentar um "tiro de lixo", arremessando detritos no poço para entupi-lo, durante o processo de top kill. A única solução permanente é furar outro poço para retirar o óleo de forma controlada, mas isso levará meses.

Embora o vazamento seja o maior da história dos EUA, não é o pior do Golfo do México. Uma plataforma mexicana, a Ixtoc 1, explodiu em junho de 1979, liberando 530 milhões de litros de óleo.

Alguém já disse que uma das aventuras mais fascinantes é acompanhar o ciclo das águas na Natureza. Suas reservas no planeta são constantes, mas isso não é motivo para desperdiçá-la ou mesmo poluí-la. A água que usamos para os mais variados fins é sempre a mesma, ou seja, ela é responsável pelo funcionamento da grande máquina que é a vida na Terra; sendo tudo isto movido pela energia solar.

Vista do espaço, a Terra parece o Planeta Água, pois esta cobre 75% da superfície terrestre, formando os oceanos, rios, lagos etc. No entanto, somente uma pequenina parte dessa água - da ordem de 113 trilhões de m3 - está à disposição da vida na Terra. Apesar de parecer um número muito grande, a Terra corre o risco de não mais dispor de água limpa, o que em última análise significa que a grande máquina viva pode parar.

A água nunca é pura na Natureza, pois nela estão dissolvidos gases, sais sólidos e íons. Dentro dessa complexa mistura, há uma coleção variada de vida vegetal e animal, desde o fitoplâncton e o zooplâncton até a baleia azul (maior mamífero do planeta). Dentro dessa gama de variadas formas de vida, há organismos que dependem dela inclusive para completar seu ciclo de vida (como ocorre com os insetos). Enfim, a água é componente vital no sistema de sustentação da vida na Terra e por isso deve ser preservada, mas nem sempre isso acontece. A sua poluição impede a sobrevivência daqueles seres, causando também graves conseqüências aos seres humanos.

A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, para tomar banho, para lavar roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez microorganismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc.). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão.

Sobre a contaminação agrícola temos, no primeiro caso, os resíduos do uso de agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes desnecessária ou intensiva nos campos, enviando grandes quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No segundo caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios locais, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo ainda para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes quantidades, é tóxico. Isso também afetaria as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que seriam impedidas de decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.

Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas são sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande. Os resíduos gerados pelas cidades, como lixo, entulhos e produtos tóxicos são carreados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos líquidos carregam poluentes orgânicos (que são mais fáceis de ser controlados do que os inorgânicos, quando em pequena quantidade). As indústrias produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido outro resíduo chamado "chorume", líquido que precisa novamente de tratamento e controle. As cidades podem ser ainda poluídas pelas enxurradas, pelo lixo e pelo esgoto.

Enfim, a poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que é a descarga de efluentes a altas temperaturas, poluição física, que é a descarga de material em suspensão, poluição biológica, que é a descarga de bactérias patogênicas e vírus, e poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização .

A eutrofização é causada por processos de erosão e decomposição que fazem aumentar o conteúdo de nutrientes, aumentando a produtividade biológica, permitindo periódicas proliferações de algas, que tornam a água turva e com isso podem causar deficiência de oxigênio pelo seu apodrecimento, aumentando sua toxidez para os organismos que nela vivem (como os peixes, que aparecem mortos junto a espumas tóxicas).

A poluição de águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus direitos leva à impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida.

Dentro desse contexto, uma grande parcela da contenção da "saúde das águas" cabe a nós, brasileiros, pois se a Terra parece o Planeta Água, o Brasil poderia ser considerado sua capital, já que é dotado de uma extensa rede de rios, e privilegiado por um clima excepcional, que assegura chuvas abundantes e regulares em quase todo seu território.

O Brasil dispõe de 15% de toda a água doce existente no mundo, ou seja, dos 113 trilhões de m3 disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões foram reservados ao nosso país. No processo de reciclagem, quase a totalidade dessa água é recolhida pelas nove grandes Bacias Hidrográficas aqui existentes. Como a água é necessária para dar continuidade ao crescimento econômico, as Bacias Hidrográficas passam a ser áreas geográficas de preocupação de todos os agentes e interesses públicos e privados, pois elas passam por várias cidades, propriedades agrícolas e indústrias. No entanto, a presença de alguns produtos químicos industriais e agrícolas (agrotóxicos) podem impedir a purificação natural da água (reciclagem) e, nesse caso, só a construção de sofisticados sistemas de tratamento permitiriam a retenção de compostos químicos nocivos à saúde humana, aos peixes e à vegetação.

Quanto melhor é a água de um rio, ou seja, quanto mais esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada (tendo como instrumento principal de conscientização da população a Educação Ambiental), melhor e mais barato será o tratamento desta e, com isso, a população só terá a ganhar. Mas parece que a preocupação dos técnicos em geral é sofisticar cada vez mais os tratamentos de água, ao invés de se aterem mais à preservação dos mananciais, de onde é retirada água pura. Este é o raciocínio - mais irracional - de que a técnica pode fazer tudo. Técnicas sofisticadíssimas estão sendo desenvolvidas para permitir a reutilização da água no abastecimento público, não percebendo que a ingestão de um líquido tratado com tal grau de sofisticação pode ser tudo, menos o alimento vital do qual o ser humano necessita. Ou seja, de que adianta o progresso se não há qualidade de vida? A única medida mitigadora possível para este problema, na situação grave em que o consumo da água se encontra, foi misturar e fornecer à população uma água de boa procedência com outra de procedência pior, cuidadosamente tratada e controlada. Vejam a que ponto tivemos que chegar.

Portanto, a meta imediata é preservar os poucos mananciais intactos que ainda restam para que o homem possa dispor de um reservatório de água potável para que possa sobreviver nos próximos milênios.

Texto: Dr.ª Sônia Lúcia Modesto Zampieron
Biólogo João Luís de Abreu VieiraAlguém já disse que uma das aventuras mais fascinantes é acompanhar o ciclo das águas na Natureza. Suas reservas no planeta são constantes, mas isso não é motivo para desperdiçá-la ou mesmo poluí-la. A água que usamos para os mais variados fins é sempre a mesma, ou seja, ela é responsável pelo funcionamento da grande máquina que é a vida na Terra; sendo tudo isto movido pela energia solar.

Vista do espaço, a Terra parece o Planeta Água, pois esta cobre 75% da superfície terrestre, formando os oceanos, rios, lagos etc. No entanto, somente uma pequenina parte dessa água - da ordem de 113 trilhões de m3 - está à disposição da vida na Terra. Apesar de parecer um número muito grande, a Terra corre o risco de não mais dispor de água limpa, o que em última análise significa que a grande máquina viva pode parar.

A água nunca é pura na Natureza, pois nela estão dissolvidos gases, sais sólidos e íons. Dentro dessa complexa mistura, há uma coleção variada de vida vegetal e animal, desde o fitoplâncton e o zooplâncton até a baleia azul (maior mamífero do planeta). Dentro dessa gama de variadas formas de vida, há organismos que dependem dela inclusive para completar seu ciclo de vida (como ocorre com os insetos). Enfim, a água é componente vital no sistema de sustentação da vida na Terra e por isso deve ser preservada, mas nem sempre isso acontece. A sua poluição impede a sobrevivência daqueles seres, causando também graves conseqüências aos seres humanos.

A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, para tomar banho, para lavar roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez microorganismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc.). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão.

Sobre a contaminação agrícola temos, no primeiro caso, os resíduos do uso de agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes desnecessária ou intensiva nos campos, enviando grandes quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No segundo caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios locais, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo ainda para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes quantidades, é tóxico. Isso também afetaria as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que seriam impedidas de decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.

Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas são sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande. Os resíduos gerados pelas cidades, como lixo, entulhos e produtos tóxicos são carreados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos líquidos carregam poluentes orgânicos (que são mais fáceis de ser controlados do que os inorgânicos, quando em pequena quantidade). As indústrias produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido outro resíduo chamado "chorume", líquido que precisa novamente de tratamento e controle. As cidades podem ser ainda poluídas pelas enxurradas, pelo lixo e pelo esgoto.

Enfim, a poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que é a descarga de efluentes a altas temperaturas, poluição física, que é a descarga de material em suspensão, poluição biológica, que é a descarga de bactérias patogênicas e vírus, e poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização .

A eutrofização é causada por processos de erosão e decomposição que fazem aumentar o conteúdo de nutrientes, aumentando a produtividade biológica, permitindo periódicas proliferações de algas, que tornam a água turva e com isso podem causar deficiência de oxigênio pelo seu apodrecimento, aumentando sua toxidez para os organismos que nela vivem (como os peixes, que aparecem mortos junto a espumas tóxicas).

A poluição de águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus direitos leva à impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida.

Dentro desse contexto, uma grande parcela da contenção da "saúde das águas" cabe a nós, brasileiros, pois se a Terra parece o Planeta Água, o Brasil poderia ser considerado sua capital, já que é dotado de uma extensa rede de rios, e privilegiado por um clima excepcional, que assegura chuvas abundantes e regulares em quase todo seu território.

O Brasil dispõe de 15% de toda a água doce existente no mundo, ou seja, dos 113 trilhões de m3 disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões foram reservados ao nosso país. No processo de reciclagem, quase a totalidade dessa água é recolhida pelas nove grandes Bacias Hidrográficas aqui existentes. Como a água é necessária para dar continuidade ao crescimento econômico, as Bacias Hidrográficas passam a ser áreas geográficas de preocupação de todos os agentes e interesses públicos e privados, pois elas passam por várias cidades, propriedades agrícolas e indústrias. No entanto, a presença de alguns produtos químicos industriais e agrícolas (agrotóxicos) podem impedir a purificação natural da água (reciclagem) e, nesse caso, só a construção de sofisticados sistemas de tratamento permitiriam a retenção de compostos químicos nocivos à saúde humana, aos peixes e à vegetação.

Quanto melhor é a água de um rio, ou seja, quanto mais esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada (tendo como instrumento principal de conscientização da população a Educação Ambiental), melhor e mais barato será o tratamento desta e, com isso, a população só terá a ganhar. Mas parece que a preocupação dos técnicos em geral é sofisticar cada vez mais os tratamentos de água, ao invés de se aterem mais à preservação dos mananciais, de onde é retirada água pura. Este é o raciocínio - mais irracional - de que a técnica pode fazer tudo. Técnicas sofisticadíssimas estão sendo desenvolvidas para permitir a reutilização da água no abastecimento público, não percebendo que a ingestão de um líquido tratado com tal grau de sofisticação pode ser tudo, menos o alimento vital do qual o ser humano necessita. Ou seja, de que adianta o progresso se não há qualidade de vida? A única medida mitigadora possível para este problema, na situação grave em que o consumo da água se encontra, foi misturar e fornecer à população uma água de boa procedência com outra de procedência pior, cuidadosamente tratada e controlada. Vejam a que ponto tivemos que chegar.

Portanto, a meta imediata é preservar os poucos mananciais intactos que ainda restam para que o homem possa dispor de um reservatório de água potável para que possa sobreviver nos próximos milênios.

Texto: Dr.ª Sônia Lúcia Modesto Zampieron
Biólogo João Luís de Abreu VieiraAlguém já disse que uma das aventuras mais fascinantes é acompanhar o ciclo das águas na Natureza. Suas reservas no planeta são constantes, mas isso não é motivo para desperdiçá-la ou mesmo poluí-la. A água que usamos para os mais variados fins é sempre a mesma, ou seja, ela é responsável pelo funcionamento da grande máquina que é a vida na Terra; sendo tudo isto movido pela energia solar.

Vista do espaço, a Terra parece o Planeta Água, pois esta cobre 75% da superfície terrestre, formando os oceanos, rios, lagos etc. No entanto, somente uma pequenina parte dessa água - da ordem de 113 trilhões de m3 - está à disposição da vida na Terra. Apesar de parecer um número muito grande, a Terra corre o risco de não mais dispor de água limpa, o que em última análise significa que a grande máquina viva pode parar.

A água nunca é pura na Natureza, pois nela estão dissolvidos gases, sais sólidos e íons. Dentro dessa complexa mistura, há uma coleção variada de vida vegetal e animal, desde o fitoplâncton e o zooplâncton até a baleia azul (maior mamífero do planeta). Dentro dessa gama de variadas formas de vida, há organismos que dependem dela inclusive para completar seu ciclo de vida (como ocorre com os insetos). Enfim, a água é componente vital no sistema de sustentação da vida na Terra e por isso deve ser preservada, mas nem sempre isso acontece. A sua poluição impede a sobrevivência daqueles seres, causando também graves conseqüências aos seres humanos.

A poluição da água indica que um ou mais de seus usos foram prejudicados, podendo atingir o homem de forma direta, pois ela é usada por este para ser bebida, para tomar banho, para lavar roupas e utensílios e, principalmente, para sua alimentação e dos animais domésticos. Além disso, abastece nossas cidades, sendo também utilizada nas indústrias e na irrigação de plantações. Por isso, a água deve ter aspecto limpo, pureza de gosto e estar isenta de microorganismos patogênicos, o que é conseguido através do seu tratamento, desde da retirada dos rios até a chegada nas residências urbanas ou rurais. A água de um rio é considerada de boa qualidade quando apresenta menos de mil coliformes fecais e menos de dez microorganismos patogênicos por litro (como aqueles causadores de verminoses, cólera, esquistossomose, febre tifóide, hepatite, leptospirose, poliomielite etc.). Portanto, para a água se manter nessas condições, deve-se evitar sua contaminação por resíduos, sejam eles agrícolas (de natureza química ou orgânica), esgotos, resíduos industriais, lixo ou sedimentos vindos da erosão.

Sobre a contaminação agrícola temos, no primeiro caso, os resíduos do uso de agrotóxicos (comum na agropecuária), que provêm de uma prática muitas vezes desnecessária ou intensiva nos campos, enviando grandes quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens. No segundo caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios locais, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo ainda para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes quantidades, é tóxico. Isso também afetaria as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que seriam impedidas de decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.

Os resíduos gerados pelas indústrias, cidades e atividades agrícolas são sólidos ou líquidos, tendo um potencial de poluição muito grande. Os resíduos gerados pelas cidades, como lixo, entulhos e produtos tóxicos são carreados para os rios com a ajuda das chuvas. Os resíduos líquidos carregam poluentes orgânicos (que são mais fáceis de ser controlados do que os inorgânicos, quando em pequena quantidade). As indústrias produzem grande quantidade de resíduos em seus processos, sendo uma parte retida pelas instalações de tratamento da própria indústria, que retêm tanto resíduos sólidos quanto líquidos, e a outra parte despejada no ambiente. No processo de tratamento dos resíduos também é produzido outro resíduo chamado "chorume", líquido que precisa novamente de tratamento e controle. As cidades podem ser ainda poluídas pelas enxurradas, pelo lixo e pelo esgoto.

Enfim, a poluição das águas pode aparecer de vários modos, incluindo a poluição térmica, que é a descarga de efluentes a altas temperaturas, poluição física, que é a descarga de material em suspensão, poluição biológica, que é a descarga de bactérias patogênicas e vírus, e poluição química, que pode ocorrer por deficiência de oxigênio, toxidez e eutrofização .

A eutrofização é causada por processos de erosão e decomposição que fazem aumentar o conteúdo de nutrientes, aumentando a produtividade biológica, permitindo periódicas proliferações de algas, que tornam a água turva e com isso podem causar deficiência de oxigênio pelo seu apodrecimento, aumentando sua toxidez para os organismos que nela vivem (como os peixes, que aparecem mortos junto a espumas tóxicas).

A poluição de águas nos países ricos é resultado da maneira como a sociedade consumista está organizada para produzir e desfrutar de sua riqueza, progresso material e bem-estar. Já nos países pobres, a poluição é resultado da pobreza e da ausência de educação de seus habitantes, que, assim, não têm base para exigir os seus direitos de cidadãos, o que só tende a prejudicá-los, pois esta omissão na reivindicação de seus direitos leva à impunidade às indústrias, que poluem cada vez mais, e aos governantes, que também se aproveitam da ausência da educação do povo e, em geral, fecham os olhos para a questão, como se tal poluição não atingisse também a eles. A Educação Ambiental vem justamente resgatar a cidadania para que o povo tome consciência da necessidade da preservação do meio ambiente, que influi diretamente na manutenção da sua qualidade de vida.

Dentro desse contexto, uma grande parcela da contenção da "saúde das águas" cabe a nós, brasileiros, pois se a Terra parece o Planeta Água, o Brasil poderia ser considerado sua capital, já que é dotado de uma extensa rede de rios, e privilegiado por um clima excepcional, que assegura chuvas abundantes e regulares em quase todo seu território.

O Brasil dispõe de 15% de toda a água doce existente no mundo, ou seja, dos 113 trilhões de m3 disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões foram reservados ao nosso país. No processo de reciclagem, quase a totalidade dessa água é recolhida pelas nove grandes Bacias Hidrográficas aqui existentes. Como a água é necessária para dar continuidade ao crescimento econômico, as Bacias Hidrográficas passam a ser áreas geográficas de preocupação de todos os agentes e interesses públicos e privados, pois elas passam por várias cidades, propriedades agrícolas e indústrias. No entanto, a presença de alguns produtos químicos industriais e agrícolas (agrotóxicos) podem impedir a purificação natural da água (reciclagem) e, nesse caso, só a construção de sofisticados sistemas de tratamento permitiriam a retenção de compostos químicos nocivos à saúde humana, aos peixes e à vegetação.

Quanto melhor é a água de um rio, ou seja, quanto mais esforços forem feitos no sentido de que ela seja preservada (tendo como instrumento principal de conscientização da população a Educação Ambiental), melhor e mais barato será o tratamento desta e, com isso, a população só terá a ganhar. Mas parece que a preocupação dos técnicos em geral é sofisticar cada vez mais os tratamentos de água, ao invés de se aterem mais à preservação dos mananciais, de onde é retirada água pura. Este é o raciocínio - mais irracional - de que a técnica pode fazer tudo. Técnicas sofisticadíssimas estão sendo desenvolvidas para permitir a reutilização da água no abastecimento público, não percebendo que a ingestão de um líquido tratado com tal grau de sofisticação pode ser tudo, menos o alimento vital do qual o ser humano necessita. Ou seja, de que adianta o progresso se não há qualidade de vida? A única medida mitigadora possível para este problema, na situação grave em que o consumo da água se encontra, foi misturar e fornecer à população uma água de boa procedência com outra de procedência pior, cuidadosamente tratada e controlada. Vejam a que ponto tivemos que chegar.

Portanto, a meta imediata é preservar os poucos mananciais intactos que ainda restam para que o homem possa dispor de um reservatório de água potável para que possa sobreviver nos próximos milênios.

Texto: Dr.ª Sônia Lúcia Modesto Zampieron
Biólogo João Luís de Abreu Vieira

quinta-feira, 20 de maio de 2010